quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Coca-Cola

 
          John Styth Pemberton (1831-88), um farmacêutico de Atlanta, nos Estados Unidos, já tinha inventado um tônico à base de álcool e folhas de coca chamado French Wine Coca. O elixir era uma variação do vinho Mariani, bastante apreciado na Europa.    Acontece que um de seus ingredientes, o vinho de Bordeaux, ficou caro demais nos Estados Unidos, e Pemberton decidiu tirá-lo da fórmula. Foi então que ele preparou um xarope de folhas de coca e extrato de noz de cola, que os escravos vindos da África usavam como antídoto contra ressaca e cansaço, Mas a combinação entre a coca e a cola dava à bebida um gosto amargo. Durante meses, Pemberton misturou diversos ingredientes até obter um xarope de cor escura e gosto agradável.
          No dia 8 de maio de 1886, começou a vendê-lo por cinco centavos o copo em sua própria farmácia, a Jacob’s Pharmacy, como medicamento contra a ânsia de vômito. Depois, experimentou adicionar água carbonatada (inventada pelo médico inglês William Brownrigg, em 1741) ao xarope e expandiu sua distribuição. Frank Robinson, sócio e contador do farmacêutico, batizou o produto de Coca-Cola. Desenhou em letras onduladas o nome que se transformaria numa das marcas mais famosas do mundo. No início, como a fabricação da Coca-Cola ainda era um negócio pequeno, o concentrado era embalado em pequenos barris de madeira, pintados de vermelho, cor do grão da cola.
          Em 1891, outro farmacêutico, Asa B. Candler, que havia tomado o elixir para dor de cabeça, adquiriu os direitos da fórmula de Pemberton pela quantia de 2.300 dólares. Oito anos depois, ele iniciou um sistema de franquia e engarrafou o produto.
          Em 1955, a Coca-Cola estava com problemas para mandar o refrigerante em garrafas de vidro para as tropas americanas que serviam na Ásia. Decidiu enviar a bebida em latinhas. A novidade deu tão certo que, cinco anos depois, ela começou a ser oferecida no mercado dos Estados Unidos. As latinhas foram lançadas no Brasil, inicialmente no Rio de Janeiro, em 1981. As folhas-de-flandres passaram a ser substituídas pelas de alumínio nos Estados Unidos em 1963, e no Brasil, em 1989.