John Styth Pemberton
(1831-88), um farmacêutico de Atlanta, nos Estados Unidos, já
tinha inventado um tônico à base de álcool e folhas de coca
chamado French Wine Coca. O elixir era uma variação do vinho
Mariani, bastante apreciado na Europa. Acontece que um de seus
ingredientes, o vinho de Bordeaux, ficou caro demais nos Estados
Unidos, e Pemberton decidiu tirá-lo da fórmula. Foi então que ele
preparou um xarope de folhas de coca e extrato de noz de cola, que
os escravos vindos da África usavam como antídoto contra ressaca e
cansaço, Mas a combinação entre a coca e a cola dava à bebida um
gosto amargo. Durante meses, Pemberton misturou diversos
ingredientes até obter um xarope de cor escura e gosto agradável.
No dia 8 de maio de 1886,
começou a vendê-lo por cinco centavos o copo em sua própria
farmácia, a Jacob’s Pharmacy, como medicamento contra a ânsia de
vômito. Depois, experimentou adicionar água carbonatada (inventada
pelo médico inglês William Brownrigg, em 1741) ao xarope e
expandiu sua distribuição. Frank Robinson, sócio
e contador do farmacêutico, batizou o produto de Coca-Cola.
Desenhou em letras onduladas o nome que se transformaria numa das
marcas mais famosas do mundo. No início, como a fabricação da
Coca-Cola ainda era um negócio pequeno, o concentrado era
embalado em pequenos barris de madeira, pintados de vermelho, cor
do grão da cola.
Em 1891, outro farmacêutico,
Asa B. Candler, que havia tomado o elixir para dor de cabeça,
adquiriu os direitos da fórmula de Pemberton pela quantia de 2.300
dólares. Oito anos depois, ele iniciou um sistema de franquia e engarrafou o produto.
Em 1955, a Coca-Cola estava com
problemas para mandar o refrigerante em garrafas de vidro para as
tropas americanas que serviam na Ásia. Decidiu enviar a bebida em
latinhas. A novidade deu tão certo que, cinco anos depois, ela
começou a ser oferecida no mercado dos Estados Unidos. As latinhas
foram lançadas no Brasil, inicialmente no Rio de Janeiro, em
1981. As folhas-de-flandres passaram a ser substituídas pelas de
alumínio nos Estados Unidos em 1963, e no Brasil, em 1989.