sábado, 25 de junho de 2011

Experiência com o aparelho celular

Objetivo
- Provar os efeitos das ondas radioativas de celulares em nosso corpo.

Material e recursos humanos
- 1 aparelho celular
- 2 pessoas

Procedimentos
1 – Convide um amigo para realizar o experimento com você.
2 – Com uma das tuas mãos, faça um “O″ fechando o teu dedão com o dedo indicador.
3 - Peça para que o amigo tente “abrir” os teus dedos, utilizando seus dedos indicadores. Enquanto isso, você faz força com os dedos para evitar que ele consiga abri-los.
4 – Repita os procedimentos anteriores, mas agora segure na outra mão um aparelho celular.
5 – Verifique e compare os resultados do experimento com e sem o aparelho celular na mão.

Observações
- No procedimento realizado sem o aparelho celular, conseguimos manter os dedos bem fechados, mesmo com a força do amigo.
- No procedimento realizado com o aparelho celular, perdemos a força para manter os dedos fechados.

Conclusão
- O uso de celulares interfere no nosso organismo. Eles emitem sinais conhecidos como ondas de rádio ou ondas eletromagnéticas. Essas ondas invisíveis penetram em nosso corpo, podendo causar mudanças sutis no funcionamento do nosso corpo, assim como vimos com a força que perdemos quando estávamos em contato direto com um celular.

Questionamentos
- É importante nos preocuparmos com o uso excessivo de aparelhos como o celular?
- É inevitável o uso de aparelhos celulares em nosso dia a dia?

Como usar celulares de modo saudável
Seis dicas simples para diminuir as influências que o celular pode causar:
1 - Mandar mais mensagens de textos e falar menos, para evitar colocar o celular no ouvido e perto da cabeça, diminuindo assim o contato do seu cérebro com as ondas eletromagnéticas.
2 - Usar o viva-voz: Se o celular tiver essa opção, colocá-lo no viva-voz durante a ligação. Quanto maior a distância entre a orelha e o celular, menor a chance dos ouvidos serem prejudicados pelo volume do fone.
3- Mudar o ouvido: Se a ligação está durando muito, mudar o lado que está em contato com o celular de 30 em 30 segundos. Esse intervalo é suficiente para que não haja o aquecimento e diminui as chances de ter problemas auditivos.
4- Falar menos ao celular: Se possível, não fazer conversas longas nesse aparelho. Se alguém ligar, pedir para entrar em contato com o telefone fixo ou avisar que ligará mais tarde. Não custa tentar.
5 – Utilizar o celular somente quando necessário.
6 – Não carregar o aparelho celular em contato direto com nosso corpo (bolso, mão, ...), mas carregá-lo preferencialmente na bolsa ou mochila.

Lembrete: o experimento pode ser realizado com mouse de computador.

Texto de Profe Cléia

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Os 10 mandamentos do dever de casa

OS DEZ MANDAMENTOS DOS DEVERES DE CASA PARA OS PAIS

LEMBRETE AOS PAIS DOS ESTUDANTES

Os 10 mandamentos do dever de casa

1. Jamais faça a lição por seu filho ou permita que outros o façam (avós, empregada, irmão mais velho, amigo). Tenha clareza de que a lição é de seu filho e não sua, portanto, ele tem um compromisso e não você. Deixe-o fazendo a sua tarefa e vá fazer algo seu. Ele precisa sentir que o momento da tarefa é dele.

2. Organize um espaço e um horário apropriados para ele fazer as tarefas.

3. Troque ideias ou formule perguntas para ajudar no raciocínio, mas só se for requisitado. Não dê respostas, faça perguntas, provoque o raciocínio.

4. Oriente, a correção fica a cargo do professor. Importante: não vale apagar o erro de seu filho. Quem deve fazer isso é o professor. Aponte os erros (torne o erro construtivo).

5. Diga "tente novamente" diante da queixa. Refaça. Recomece. Caso seu filho perceba que errou, incentive-o a buscar o acerto ou uma nova resposta. Demonstre com exemplos que você costuma fazer isso. Nesse caso, valem os itens anteriores para reforçar este.

6. Torne o erro construtivo. Errar faz parte do processo de aprender (e de viver!). Converse, enfatizando a importância de reconhecermos os nossos erros e aprendermos com eles. Conte histórias que estão relacionadas a equívocos.

7. Lembre-se de que fazem parte das tarefas escolares duas etapas: as lições e o estudo para rever os conteúdos. As responsabilidades escolares não findam quando o aluno termina as lições de casa. Aprofundar e rever os conteúdos é fundamental.

8. Não misture as coisas. Lição e estudar são tarefas relacionadas à escola. Lavar a louça, arrumar o quarto e guardar os brinquedos são tarefas domésticas. Os dois são trabalhos, no entanto, de naturezas diferentes. Não vincule um trabalho ao outro, e só avalie as obrigações domésticas.

9. Não julgue a natureza, a dificuldade ou a relevância da tarefa de casa. A lição de casa faz parte de um processo que começou em sala de aula e deve terminar lá. Se você não entendeu ou não concordou, procure a escola e informe-se. Seu julgamento pode desmotivar seu filho e até mesmo despotencializar a professora e, conseqüentemente, a tarefa de casa e seus objetivos.

10. Demonstre que você confia em seu filho, respeita suas iniciativas e seus limites e conhece suas possibilidades. Crie um clima de camaradagem e consciência na família, mas não deixe de dar limites e ser rigoroso com os relapsos e irresponsabilidades.


“O mais importante para o homem é crer em si mesmo. Sem esta confiança em seus recursos, em sua inteligência, em sua energia, ninguém alcança o triunfo a que aspira.”
William Atkinson

A palavra de Deus em nossa vida

ONDE ENCONTRAR AUXÍLIO NA BÍBLIA QUANDO:

*Agradecido
Salmo 100
1 Tessalonicenses 5:18
Hebreus 13: 15

* Amargurado ou crítico
1 Coríntios 13

* Ameaçado de Infortúnio
Salmo 91
Salmo 118:5-6
Lucas 8: 22-25

* Angustiado
Salmo 51
Mateus 5: 4
João 14
2 Coríntios 1: 3-4
1 Tessalonicenses 4: 13-18

* Ansioso
Salmo 46
Mateus 6: 19-34
Filipenses 4: 6
1 Pedro 5: 6-7

* Ausentando-se do lar
Salmo 121
Mateus 10: 16-20

* Cansado
Salmo 90
Mateus 11: 28-30
1 Coríntios 15: 58
Gálatas 6: 9-10

* Contrito
Salmo 4
Salmo 42
Lucas 11: 1-13
João 17
1 João 5: 14-15

* Deprimido
Salmo 34

* Desencorajado
Salmo 23
Salmo 55: 22
Mateus 5: 11-12
2 Coríntios 4: 8-18
Filipenses 4: 4-7

* Desviado
Salmo 51
1 João 1: 4-9

* Em dificuldades
Salmo 16
Salmo 31
João 14: 1-4
Hebreus 11

* Enfermo ou na dor
Salmo 38
Tiago 5: 14-15
Romanos 8: 28, 38-39
2 Coríntios 12: 9-10

* Enfrentando crise
Salmo 121
Mateus 6: 25-34
Hebreus 4: 16

sábado, 18 de junho de 2011

Receitas Juninas

Receitas juninas

Bolo de milho verde light
80 calorias por fatia
Ingredientes
6 unidades de espiga de milho limpa
10 colheres de sopa de açúcar
1 xícara de chá de farinha de trigo peneirada
4 unidades de clara de ovo
1 xícara de chá de leite em pó desnatado
1/3 copo americano de leite de vaca desnatado
½ colher de chá de fermento.
Modo de preparo:
Ralar as espigas de milho e peneirar. Misturar o conteúdo que passou pela peneira com o açúcar, o leite em pó desnatado e o leite de vaca desnatado, gradativamente. Acrescentar a farinha de trigo, misturada ao fermento em pó e reservar. Bater as claras em neve e juntar a massa às claras. Colocar em forma de 25 cm de diâmetro, untada e polvilhada. Assar em forno médio (180 ºC) por 60 minutos.

Arroz doce light
Ingredientes
- 1 copo americano de arroz branco
- 1 litro de leite desnatado
- 33 g de adoçante para culinária
- 1 pacote de coco ralado
- canela a gosto
Modo de Preparo
Cozinhe o arroz em água até ficar molinho. Junte o leite, o adoçante e o coco ralado. Deixe em fogo baixo até engrossar um pouco. Polvilhe canela à gosto e sirva em seguida ou gelado.
Rendimento: 8 porções
Análise calórica e nutricional por porção
Calorias: 225 kcal
Carboidratos: 32,6 g
Proteínas: 6,5 g
Gorduras: 8,7 g
Tempo de cozimento: 1 hora
Tempo total: 1 hora

Canjica light
155 calorias por porção
Ingredientes:
1 copo de milho
1 e 1/3 de copo de leite desnatado
1 copo de leite em pó desnatado
3 colheres de sopa de coco ralado
3 colheres de sopa cheias de açúcar
1 colher de café nivelada de sal
1 colher de chá de rasa de canela
Preparo:
Lavar o milho para canjica e deixá-lo de molho por duas horas. Em seguida, cozinhar em uma panela de pressão durante uma hora em fogo médio, com a mesma água utilizada para o molho. Misturar o leite desnatado, o leite em pó desnatado, o coco ralado, o sal e o açúcar ao milho e cozinhar em fogo médio por 20 minutos, mexendo eventualmente com a colher para não grudar no fundo da panela. Salpicar a canela por cima e servir.

Bolo de fubá light
Ingredientes
4 gemas
1 xícara (chá) de adoçante culinário (forno e fogão)
4 colheres (sopa) de margarina light
¾ de xícara (chá) de farinha de trigo peneirada
¾ de xícara (chá) de fubá
1 colher (sopa) de fermento em pó
¾ de xícara (chá) de leite desnatado
4 claras em neve
2 colheres (sopa) de requeijão light
1 colher (sopa) de sementes de erva-doce
Modo de Preparo:
Bata na batedeira as gemas com o adoçante e a margarina. Desligue o aparelho e misture delicadamente a farinha, o fubá e o fermento peneirados e o leite. Acrescente as claras em neve, o requeijão light e a erva-doce. Coloque em uma fôrma untada com margarina light e leve ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 45 minutos, aproximadamente. Espere esfriar um pouco, desinforme e polvilhe com canela em pó (opcional).

Pé de moleque light com açúcar mascavo
46 calorias por unidade
Ingredientes:
2 3/4 xícaras de amendoim torrado por uns 15 minutos em forno médio sem a pele
3 1/4 xícaras de açúcar mascavo
1 xícara de água
1/2 colher (sopa) de gengibre ralado
Manteiga para untar
Preparo:
Em uma panela grande, adicione o açúcar, a água e o gengibre. Cozinhe em fogo alto mexendo até derreter o açúcar. Deixe no fogo até virar uma calda em ponto de fio. Adicione o amendoim e misture bem. Despeje em uma forma retangular untada. Espere esfriar para cortar em quadrados

Cuzcuz light – para acompanhar nas saladas
Ingredientes:
1/2 xícara (chá) de cebola ralada
1 xícara (chá) de palmito em conserva
2 tomates médios, sem pele e sem sementes, cortados em cubos
1 xícara (chá) de ervilha congelada
3 colheres (sopa) de salsinha picada
1 xícara (chá) de farinha de milho amarela
150 g de sardinha em conserva
Sal e pimenta-do-reino a gosto
2 colheres (sopa) de óleo de milho
1 envelope de gelatina incolor sem sabor
Modo de preparo:
Escalde as ervilhas em água quente e reserve. Aqueça o óleo em uma panela, doure a cebola, junte tomates, salsinha e refogue por 3 minutos. Em seguida, junte sal, pimenta, 3 xícaras (chá) de água; assim que levantar fervura, adicione, aos poucos, farinha de milho e cozinhe por 10 minutos, mexendo de vez em quando (a mistura deve ficar cremosa). Retire e junte a gelatina, dissolvida conforme as instruções da embalagem. Umedeça 10 forminhas individuais com capacidade para 100ml cada uma e forre o fundo com palmito. Monte camadas alternadas do creme de farinha, ervilha, sardinha, palmito e leve à geladeira por 2 horas ou até ficar firme. Retire, desenforme e sirva com ovos cozidos.
Informação nutricional por porção:
96,8 kcal
10,1 g carboidratos
5,81g proteínas
5,11g gorduras.

Quindim light - sobremesa
Ingredientes:
1 fava de baunilha
3 ovos
3 gemas
2 xícaras (chá) de leite desnatado
1/2 xícara (chá) de coco desidratado
2 colheres (sopa) de margarina light
Adoçante para culinária a gosto
Modo de preparo:
Ligue o forno à temperatura média. Com o auxílio de uma faca pequena, abra a fava de baunilha, raspe o miolo, coloque no liquidificador, junte ovos, gemas, leite, coco, metade da margarina, adoçante e bata por 5 minutos ou até obter um creme esbranquiçado e bem fofo. Com a margarina restante unte 12 fôrmas, com capacidade para 50 ml cada uma, despeje o creme e coloque-as em uma assadeira grande com água, até a metade da altura das fôrmas pequenas. Cubra a assadeira com papel-alumínio e leve ao forno por 35 minutos ou até os quindins ficarem firmes ao tato. Retire do forno, deixe amornar por 15 minutos e leve à geladeira por 30 minutos.
Desenforme os quindins no momento de servir.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sugestões de livros infantis

Os melhores livros da Literatura Infantil segundo a revista Crescer 2011

-O que tem dentro da sua fralda?, de Guido Van Genechten (Brinque-Book – Trad. Vânia Maria Lange)
-O livro redondo, de Caulos (Rocco)
-Um amor de botão, de Pauline Carlioz (Salamandra – Trad. Luciano Vieira Machado)
-Uma lagarta muito comilona, de Eric Carle (Kalandraka – Trad. Miriam Gabbai)
-Yumi, Annelore Parot (Companhia das Letrinhas – Trad. Eduardo Brandão)
-A vida secreta das árvores, de Gita Wolf e Sirish Rao (texto) e Bhajju Shyam, Durga Bai e Ram Singh Urveti (ilustrações) (WMF Martins Fontes – Trad. Monica Stahel)
-Bruxinha Zuzu, de Eva Furnari (Moderna)
-O artesão, de Walter Lara (Abacatte)
-Selvagem, de Roger Mello (Global)
-Sombra, de Suzy Lee (Cosac Naify)
-Telefone sem fio, de Ilan Brenman e Renato Moriconi (Companhia das Letrinhas)
-A história do leão que não sabia escrever, de Martin Blaltscheit (WMF Martins Fontes – Trad. Monica Stahel)
-A lua dentro do coco, de Sérgio Capparelli (texto) e Guazzelli (ilustrações) (Projeto)
-É um livro, de Lane Smith (Companhia das Letrinhas – Trad. Júlia Moritz Schwarcz)
-Margarida, de André Neves (Abacatte)
-Pato! Coelho!, de Amy Krouse Rosenthal (texto) e Tom Lichtenheld (ilustrações) (Cosac Naify – Trad. Cassiano Elek Machado)
-As lavadeiras fuzarqueiras, de John Yeoman (texto) e Quentin Blake (ilustrações) (Companhia das Letrinhas – Trad. Eduardo Brandão)
-Gildo, de Silvana Rando (Brinque-Book)
-Mamãe é um lobo, de Ilan Brenman (texto) e Gilles Eduar (ilustrações) (Brinque-Book)
-Trudi e Kiki, Eva Furnari (Moderna)
-Ah, se a gente não precisasse dormir!, Gertd Fehrie (texto), Desiree La Valett e David Stark (concepção) e Keith Haring (ilustrações) (Cosac Naify – Trad. Claudio Marcondes)
-Dez patinhos, de Graça Lima (Companhia das Letrinhas)
-Que João é esse? Que Maria é essa?, de Lalau (texto) e Laurabeatriz (ilustrações) (Companhia das Letrinhas)
-Avô, conta outra vez, de José Jorge Letria (texto) e André Letria (ilustrações) (Peirópolis)
-Controle remoto, Tino Freitas (texto) e Mariana Massarani (ilustrações) (Manati)
-Obax, de André Neves (Brinque-Book)
-Ode a uma estrela, de Pablo Neruda (texto) e Elena Odriozola (ilustrações) (Cosac Naify – Trad. Carlito Azevedo)
-O que é uma criança?, Beatrice Alemagna (WMF Martins Fontes – Trad. Monica Stahel)
-Sábado na livraria, Sylvie Neeman (texto) e Olivier Tallec (Cosac Naify – Trad. Cássia Silveira)
-Por que o Elvis não latiu?, Robertson Frizero (texto) e Tayla Nicoletti (ilustrações) (8Inverso)

Outras sugestões
> QUEM QUER ESTE RINOCERONTE? de Shel Silverstein Ed. Cosac Naify.
Um menino pergunta quem quer um rinoceronte e, a cada página, enumera várias de suas utilidades. No final, revela suas maiores qualidades: o animal é um grande amigo, companheiro e muito fácil de se amar. Há o nonsense na medida de Silverstein, quando o menino diz adorar usar o animal como abajur e brincar de tubarão. O texto é formado por rimas e frases curtas e, em todas as páginas, há desenhos em preto e branco feitos pelo autor. Os leitores podem identificar intensos sentimentos de amor e amizade. > A PARTIR DE 5 ANOS.

> CLARA de Ilan Brenman e ilustrações de Silvana Rando Ed. Brinque-Book.
Assobiar como o tio, dançar como o avô e mergulhar na piscina como o irmão são algumas das coisas que Clara quer fazer quando ficar maior. O livro expressa o desejo das crianças de crescer e mostra como os mais velhos, em atitudes cotidianas e despretensiosas, tornam-se referências no universo infantil. Aos pais, revela a importância de dar bons exemplos, mas de um jeito divertido. O melhor: neste mês, chega às livrarias Gabriel, o irmão de Clara.
> A PARTIR DE 4 ANOS.

> MENINA DAS ESTRELAS de Ziraldo Ed. Melhoramentos.
Ziraldo traça um perfil das meninas, abordando a infância e a passagem para a adolescência. O heroísmo dos pais, a cumplicidade entre amigas, o interesse pelos meninos, nada passa batido aos olhos deste mestre da compreensão e síntese do universo infantil. As ilustrações, do autor, são bastante expressivas e enriquecem as caracterizações. Para meninas compreenderem melhor seu universo. Ele vem numa lata e acompanha uma camiseta.
> A PARTIR DE 6 ANOS.

> A TOALHA VERMELHA de Fernando Vilela Ed. Brinque-Book.
Uma toalha vermelha cai da jangada de um pescador, no Nordeste brasileiro. A partir daí, faz uma longa viagem entre peixes, baleias, tubarões, mergulhadores e plantas aquáticas. Ela atravessa o mundo e vai parar na China, onde é fisgada pelo anzol de um pescador. Tudo contado exclusivamente por imagens. As crianças vão experimentar o gostinho de uma travessia subaquática e de explorar a fauna e a flora marinha.
> A PARTIR DOS 3 ANOS.

> OLEMAC E MELÔ de Fernando Vilela Ed. Cia. das Letrinhas.
Na Arábia Saudita, um camelo passava dias atravessando desertos, carregando mercadorias de um comerciante nada amigável. Em São Paulo, o camelô Melô atravessava diariamente a cidade para vender suas bugigangas. Certo dia, o camelo foge, entra em um navio, desce no Brasil, vai parar em São Paulo e conhece Melô. Eles descobrem ter muito em comum e iniciam uma grande amizade. Uma reflexão sobre a amizade e a busca de melhorias. E uma aula sobre a capital paulista. Ilustrações do autor.
> A PARTIR DE 5 ANOS.

> BUMBA-MEU-BOI de Stela Barbieri e ilustrações de Fernando Vilela Ed. Girafinha.
Mãe Catirina está grávida e deseja loucamente comer língua de boi. Ela convence o marido, Pai Francisco, a sair pelo mundo em busca de um boi muito especial. Ao encontrá-lo em uma festa popular, o marido enfrenta o que for preciso para conseguir a tal língua. No enredo, uma história folclórica, contada no Brasil em várias versões, desde o século XVIII. As ilustrações, com cores vibrantes e traços estilizados, são de Fernando Vilela.
> A PARTIR DE 5 ANOS.

> O JOGO DE AMARELINHA de Graziela Bozano Hetzel e ilustrações de Elisabeth Teixeira Ed. Manati.
No jogo de amarelinha riscado no chão pela madrasta, Letícia brinca. Seus atos, porém, guardam uma tristeza calada, a saudade da mãe falecida, o desgosto por ter a madrasta no lugar que era ocupado por quem tanto amava. A poesia aqui encaixa com delicadeza para a autora falar da dor da ausência e passa a idéia ao leitor de como o tempo pode ajudar nas difíceis mudanças. As ilustrações têm a mesma delicadeza do texto.
> A PARTIR DE 6 ANOS.

> MORCEGO BOBO, de Jeanne Willis e Tony Ross Ed. Martins Fontes.
Na floresta, um morcego é visto por outros animais como louco. Pudera! Para ele, que passa muito tempo pendurado, o céu fica lá embaixo e o chão, no alto. O guarda-chuva, ele usa para manter os pés secos. Os animais, incomodados com tamanhas incoerências, chamam a sábia coruja para examiná-lo. E ela revela: ele apenas enxerga as coisas por outro ângulo. A diversão acontece quando a criança tem de virar o livro de ponta-cabeça. As ilustrações são fundamentais para o vira-vira da história
> A PARTIR DE 3 ANOS.

> TODA CRIANÇA GOSTA de Beatriz Bozano Hetzel e ilustrações de Mariana Massarani Ed. Manati.
Neste livro, os pequenos leitores se deparam com coisas de que toda criança gosta: um segredo cochichado no ouvido, muita farra e confusão, arco-íris, cambalhotas, sair pra passear, ter uma história predileta, ganhar beijo de boa-noite. As ilustrações são grandes, coloridíssimas, bem-humoradas e – por que não? – até extravagantes, cheias de crianças de muitos tipos. Um livro para a garotada se encontrar com suas delícias preferidas e descobrirem outras tantas.
> A PARTIR DE 3 ANOS.

> A CASA DOS BEIJINHOS de Claudia Bielinsky Ed. Companhia das Letrinhas.
Um bebê cachorro quer ganhar beijinhos. Procura alguém nos ambientes de casa, mas só encontra animais, cujos beijos lhe causariam estranhezas. Em dado momento, encontra os pais, com seus tão deliciosos beijinhos. Para ajudar o cãozinho a encontrar os possíveis beijoqueiros, os leitores precisam erguer recortes de papel reforçado. É um livro-brinquedo resistente, que tem todas as páginas em capa dura.
> A PARTIR DE 8 MESES.

> SEU SONINHO, CADÊ VOCÊ? de Virginie Guérin Ed. Companhia das Letrinhas.
Neste livro-brinquedo, um jacaré não consegue cair no sono e sai pela floresta, gritando por todos os lados: “Seu Soninho, cadê você?”. Além de não achar Seu Soninho, ele incomoda vários animais. Até que todos resolvem cantar uma canção para ele dormir. As ilustrações são da própria autora e mostram inusitadas dobraduras e imagens que saltam da página. Ótimo para ser incorporado à rotina de bebês e de crianças pequenas antes de dormir.
> A PARTIR DE 1 ANO.

Ensina os números com personagens que as crianças adoram: insetos!
> DE UM A DEZ de Bety Ann Schwartz e ilustrações de Susie Shakir Ed. Melhoramentos.
Cada página corresponde a um número, de um a dez, e traz à cena novos bichinhos. Esses visitantes surgem estampados em fitas que se projetam ao virar das páginas. No final, a surpresa: é só virar o livro de cabeça para baixo e recomeçar a leitura. Em contagem regressiva, a cada página virada os animais se retiram em suas fitas. Um livro-brinquedo criativo e atraente, que desperta o interesse por números.
> A PARTIR DE 1 ANO.

Usa o conto cumulativo para fixar a atenção das crianças até o final
> QUAL O SABOR DA LUA?, de Michael Grejniec Ed. Brinque-Book.
Os animais estavam curiosíssimos para saber o sabor da Lua. A tartaruga escalou uma enorme montanha e quase a alcançou. O elefante subiu na tartaruga, mas a lua se ergueu mais um pouco. Depois vieram a girafa, a zebra, o leão, a raposa. Na vez do rato, a lua achou desnecessário se mover e, então, ele conseguiu tirar um pedaço dela para todos provarem. Contos cumulativos sempre mexem com os leitores. Aqui, vão reconhecer o valor de uma iniciativa conjunta. As ilustrações são do autor.
> A PARTIR DE 3 ANOS.

> CASULOS de André Neves Ed. Global.
Neste livro, composto apenas por imagens, uma menina interage com uma rosa vermelha e com uma borboleta cor-de-rosa. A rosa e a borboleta ora aparecem em quadros, ora tomam a dimensão da garota (ou será a garota quem assume o tamanho das pinturas?). As possibilidades de interpretação são várias e a cada leitura a interpretação é enriquecida. Uma narrativa aberta que permite que as crianças inventem suas próprias versões, em leitura criativa, livre e rica em elementos.
> A PARTIR DE 5 ANOS.

> BONITEZA SILVESTRE de Lalau e Laurabeatriz Ed. Peirópolis.
Neste livro, há poesias sobre 11 animais da fauna brasileira, incluindo arara-canindé, mico-estrela, iguana, cavalo-marinho e jabuti. Para cada um há uma poesia e, ao final, um pequeno texto com esclarecimentos sobre seus hábitos. Na obra toda, os autores passam conceitos preservacionistas, denunciando especialmente o tráfico de animais. Nas ilustrações, de Laurabeatriz, as crianças aprendem a identificar tais espécies.
> A PARTIR DE 4 ANOS.

> O CASO DA LAGARTA QUE TOMOU CHÁ-DE-SUMIÇO, de Milton Célio de Oliveira Filho e ilustrações de André Neves Ed. Brinque-Book.
Joaninha, preocupada, procura Dona Coruja. Por onde andaria a lagarta, que até a manhã em questão morava bem naquelas folhas? A coruja, desconfiada, foi investigar. Depois de abordar diversos animais, recebeu a dica do tucano: a lagarta tinha virado borboleta. Além de mostrar o ciclo de vida da borboleta, o livro inspira crianças a saírem em busca de respostas às suas dúvidas. Nas ilustrações, André coloca o seu tom de exagero que dá a graça certa à história.
> A PARTIR DE 3 ANOS.

> VOCÊ ME CHAMOU DE FEIO, SOU FEIO MAS SOU DENGOSO! de Ricardo Azevedo e ilustrações de Eva Furnari Ed. Moderna.

> VOCÊ DIZ QUE SABE MUITO, BORBOLETA SABE MAIS!, de Ricardo Azevedo e ilustrações de Mariana Massarani Ed. Moderna, R$ 22,50.
“Trouxe a cesta no sábado” e “A pata quebrou a pata” são algumas das brincadeiras com palavras presentes nestes livros. Pertencentes à Série do Zé Valente, os dois reúnem anedotas, contos populares, adivinhas, receitas e ditados, em torno de temas variados. Com linguagem acessível, leitura fácil, leve e divertida, estes livros têm o intuito de estimular o gosto pela leitura em crianças, com atrativos diferentes. As ilustrações são um argumento e tanto: são bastante coloridas, relativamente pequenas, numerosas e ressaltam o tom coloquial da obra.
> A PARTIR DE 7 ANOS

Livro para tatear: a autora pede atenção aos detalhes
> BALANÇO de Keiko Maeo e tradução de Diogo Kaupatez Ed. Cosac Naify.
A noite se aproxima. No parque, no balanço, há um garoto. No vaivém, a cidade balança, as sombras vêm e vão. Quase é possível mergulhar nas nuvens – e deixar pegadas no céu. Neste livro, em português e, no final, em japonês, o tom é poético. As frases são curtas e as ilustrações azuladas têm poucos elementos. Para crianças irem e virem no ritmo deste balanço, poético e sintético, criado e ilustrado pela autora com muita sensibilidade.
> A PARTIR DE 5 ANOS.

> O VENTO de Rui de Oliveira Ed. DCL.
Composto essencialmente por imagens, este livro faz sucessivas alusões ao vento. São folhas secas que invadem o quarto de uma garota ou uma única folha que sobrevoa um pedacinho de mar onde um menino empina pipa. Há folhas que atravessam campos onde um senhor perde um chapéu ou mesmo terrenos onde uma noiva lança seu buquê. Todas as ilustrações são aquarelas. Delicada opção para as crianças voltarem o olhar para a natureza.
> A PARTIR DE 7 ANOS.

> DIÁRIO DE BORDO DE NOÉ, de Francesca Bosca e ilustrações de Giuliano Ferri Ed. FTD.
Noé faz um relato dos dias que passou em sua arca. Ele conta do anúncio de Deus, da construção da arca e do difícil convívio dos animais lá dentro. Havia muitas desavenças e um ambiente insuportável para todos, até o dia em que um elefante quase cai da arca. Vários animais se unem para salvá-lo e, daí em diante, o local fica tomado pela união e alegria. A obra mostra que a cooperação é o ótimo modo de se relacionar, mas, o melhor: tudo com muito humor.
> A PARTIR DE 5 ANOS.

Da mesma autora de A fada que tinha idéias e soprinho!
> O REI MALUCO E A RAINHA MAIS AINDA de Fernanda Lopes de Almeida e ilustrações de Luiz Maia Ed. Ática.
A menina Heloísa estava prestes a dormir quando uma formiga falante apareceu em seu lençol. Depois de uma conversa sem pé nem cabeça, ela convida Heloísa para ir ao castelo do Rei Maluco. Heloísa embarca na aventura e conhece um reino onde todos são, digamos, um tanto excêntricos. As ilustrações são riquíssimas nos detalhes: você tem que ver muitas vezes. Uma brincadeira a mais.
> A PARTIR DE 6 ANOS.

> O CARTEIRO CHEGOU de Janet & Allan Ahlberg Ed. Companhia das Letrinhas.
Cachinhos Dourados manda uma carta para os três ursos, o advogado da Chapeuzinho Vermelho envia uma para o Lobo Mau e João (do Pé de Feijão!) manda um cartão-postal para o Gigante. Essas e outras correspondências estão em páginas-envelopes e cabe aos leitores retirá-las para leitura. Um olhar diferente para os contos de fadas e a brincadeira de provarem do gostinho de receber cartas provoca nos leitores uma participação ativa. As ilustrações são dos autores.
> A PARTIR DE 4 ANOS.

> NÃO VOU DORMIR de Christiane Gribel e ilustrações de Orlando Ed. Global.
A menina escova os dentes e vai para cama, garantindo que não está com sono. Mas suas pálpebras estão pesadas... O texto é curto e as ilustrações mostram o quarto sob o ponto de vista da garota. Conforme seus olhos vão se fechando, seu ângulo de visão vai se reduzindo, as imagens vão se fechando. Até que enfim ela fecha os olhos e a página fica negra.
> A PARTIR DE 3 ANOS.

> MINHA ILHA MARAVILHA de Marina Colasanti Ed. Ática.
Nas mais de 30 poesias do livro, a autora passeia por temas relacionados à natureza, cultura, cidades, casas, pessoas etc. Mais do que brincar com palavras, ela brinca com os mais diversos motivos e situações e surpreende o leitor, por exemplo, com uma borboleta que pousa em uma pintura ou com um leão de origami que morde o dedo de quem o cria. As ilustrações, em tons suaves e formas delicadas, são da própria autora.
> A PARTIR DE 6 ANOS.

> LUA NO BREJO COM NOVAS TROVAS de Elias José e ilustrações de Graça Lima Ed. Projeto.
Nos poemas deste livro, é possível encontrar uma série de referências a canções e ditos populares. Os temas mais recorrentes são os animais, os elementos da natureza e a família, sempre tratados com muito humor. Nas crianças, esses poemas são capazes de despertar a musicalidade e a percepção do ritmo que um conjunto de palavras pode gerar. Cada poema tem ao lado uma página inteira com ilustrações alegres e muito coloridas, feitas por Graça Lima.
> A PARTIR DE 5 ANOS.

> O MACACO FAZ DAS SUAS de Mary França e Eliardo França Ed. Global.
Os autores contam cinco histórias do folclore brasileiro, revelando tramas entre raposas, ratos, macacos e outros animais. Nos personagens, é possível identificar uma série de traços do comportamento e da personalidade humana. Em contato com esses enredos, as crianças são capazes de compreender com maior clareza o significado, por exemplo, de astúcia, ingenuidade, poder e vaidade.
> A PARTIR DE 6 ANOS.

> ZUBAIR E OS LABIRINTOS de Roger Mello Ed. Companhia das Letrinhas.
O Museu de Bagdá é saqueado. O menino Zubair encontra um tapete com um livro chamado Os Treze Labirintos. Ele foge com o tapete, que o conduz a histórias da antiga Mesopotâmia. Nas ilustrações, do próprio autor, há brincadeiras com labirintos. A apresentação do livro é provocadora e a leitura pode ser feita a partir da primeira ou da última página. Um livro inquieto e até enigmático, que enfatiza a importância da história e dos patrimônios culturais. > A PARTIR DE 8 ANOS.

> VALENTINA de Márcio Vassallo e ilustrações de Suppa Ed. Global.
Valentina era uma princesa, vivia em um castelo. Não saía de lá, apesar de seus pais, rei e rainha, trabalharem fora. Um dia, ela foi conhecer o que existia depois daquelas paredes. E viu além do seu castelo, além dos castelos vizinhos, além do morro carioca onde de fato morava. Valentina conheceu meninas que sonhavam em ser princesas, mas ela já era uma princesa e não tinha esse sonho. As ilustrações cuidadosamente escondem a brincadeira do texto.
> A PARTIR DE 6 ANOS.

> ISTO É UM POEMA QUE CURA OS PEIXES de Jean-Pierre Siméon e ilustrações de Olivier Tallec Edições SM.
Léo tem um peixe que está prestes a morrer de tristeza. Antes de sair, a mãe do garoto sugere: “Dê logo um poema para ele”. Léo sai em busca do tal poema. Procura na cozinha, no quarto, pergunta às pessoas e depois relata ao peixe as respostas encontradas. Ao ouvi-lo, o bichinho abre os olhos, declara-se poeta e, como mostram as ilustrações, sai nadando com seu dono. Mostra o valor da dedicação a algo e das palavras.
> A PARTIR DE 3 ANOS.

Em letra bastão
Existe prazer maior do que presenciar uma criança lendo um livro sozinha? É esta a particularidade de edições que optam pelo uso da letra bastão (ou letra de forma), estimulando a independência da criança (e o olhar, de longe, emocionado dos pais)

1. COMILANÇA, de Fernando Vilela, Ed. DCL.
Na Floresta Amazônica, uma minhoca procura uma folha para comer, mas uma arara se antecipa e a devora. Enquanto faz a digestão, a arara é surpreendida por um porco-do-mato que a engole. Novamente o descanso e, dessa vez, é a onça quem chega para almoçar o animal. Esta é comida por um jacaré e ele por uma cobra que, enfim, acha a refeição muito indigesta. Ela cospe o jacaré, que cospe a onça, que cospe o porco-do-mato e assim sucessivamente. É a cadeia alimentar pelos olhos deste premiadíssimo ilustrador reconhecido por mostrar ao mundo peculiaridades de um Brasil muito diverso. A PARTIR DE 4 ANOS

2. COMO COMEÇA?, de Silvana Tavano e ilustrações de Elma, Ed. Callis.
Cada coisa tem um jeito de começar: as cócegas e as piadas provocam a risada; o bocejo avisa que o sono está chegando; a árvore começa embaixo da terra e o pintinho começa sendo ovo. Reflexões e observações singelas como estas, acompanhadas de ilustrações do mesmo estilo feitas por Elma, dão origem a um livro tão simples, quanto encantador. Vai provocar na criança questionamentos que já estão em sua cabeça, mas ela não sabe como perguntar.
O livro ganhou recentemente o Prêmio de Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infantojuvenil. A PARTIR DE 3 ANOS

Pura arte
Há quem diga que um livro infantil é o primeiro contato da criança com a arte. Este grupo de livros, certamente, cumpre seu papel, seja pela forma escolhida com o projeto gráfico, seja pelo conteúdo que ele apresenta

3. O LIVRO INCLINADO, de Peter Newell, Ed. Cosac Naify.
O bebê Bobby estava em seu carrinho, sendo conduzido pela babá por uma rua um tanto íngreme. Por descuido, ela o solta ladeira abaixo. O garoto, então, atravessa a cidade no carrinho, causando um rebuliço por onde passa. A divertida história não é nem de longe o que mais chama a atenção: o formato do livro é tão inclinado quanto a ladeira. Para causar mais espanto ainda, saiba que a obra foi criada em 1910. Peter Newell era um tipo de especialista em livros cujas formas físicas são parte da história, como o The Hole Book (O Livro do Buraco, ainda sem lançamento no Brasil). A PARTIR DE 5 ANOS

4. A HISTÓRIA DE TUDO, de Neal Layton, Ed. Companhia das Letrinhas.
É um livro cheio de pop-ups, mas não para ser apreciado pelos muito pequenos. Utilizando extravagantes dobraduras e ilustrações de Corina Fletcher, este livro narra a história do universo, com foco nos acontecimentos da Terra. Começa no Big Bang, fala da origem do Sol, do início da vida no nosso planeta, do aparecimento e posterior extinção dos dinossauros. Contextualiza ainda o surgimento de vários animais, com destaque para mamíferos, macacos e, enfim, o homem. O autor, que também ilustrou Este Coelho Pertence a Emília Brown (Ed. M. Fontes), vence quase anualmente prêmios em literatura infantil na Inglaterra. A PARTIR DE 4 ANOS

5. NA NOITE ESCURA, de Bruno Munari, Ed. Cosac Naify
Publicado pela primeira vez em 1956, este livro é marcado por imagens e frases curtas impressas em papéis de diferentes cores e com recortes especiais, que incitam a imaginação do leitor. É puro design. Animais e plantas decorando papéis transparentes, por exemplo, remetem a situações diurnas. Já buraquinhos em páginas negras, sobrepostas em um fundo amarelo, levam o leitor ao encontro de vaga-lumes. Para as crianças terem contato com uma linguagem e um modo de expressão que vão muito além do convencional. O autor italiano, que faleceu em 1998, ganhou diversos prêmios em artes gráficas. A PARTIR DE 5 ANOS

6. PULA, GATO!, de Marilda Castanha, Ed. Scipione
Em uma galeria de arte, um gato salta para fora de um quadro, toma as tintas e pincéis de uma garota e recria a obra onde estava inserido. O felino transforma o quadro, para um cenário colorido e florido, e desenha a menina ao seu lado, de mãos dadas com ele. Enquanto a história acontece, pinturas de artistas famosos estão expostos pelas ilustrações e têm as devidas informações dadas no final da edição. O premiado livro só de imagens, publicado originalmente em 1992, foi totalmente redesenhado pela autora e empresta um olhar interessante sobre a arte, como também à amizade. A PARTIR DE 3 ANOS

7. DE PASSAGEM, de Marcelo Cipis, Ed. Companhia das Letrinhas
Em um cômodo vazio, com um buraco na parede, está um homem vestindo terno preto. Ele entra nesse buraco, que o leva à página seguinte: outro aposento, alguns objetos, outro contexto e novos buracos na parede. Cada página, com sua saída, leva-o para a seguinte, com diferentes ambientes e situações. Um livro só de imagens para as crianças passearem por um universo imaginário repleto de referências do mundo real. Perceber as semelhanças faz parte da brincadeira. A outra será follheá-lo diversas vezes seguidas. Marcelo Cipis já venceu duas vezes o Prêmio Jabuti. A PARTIR DE 4 ANOS

8. ZOO, de João Guimarães Rosa e ilustrações de Roger Mello, Ed. Nova Fronteira
Louco por animais, Guimarães Rosa, o mestre de Grande Sertão: Veredas, costumava visitar os zoológicos das cidades por onde passava e publicou muitas anotações sobre as visitas. Organizado pelo escritor Luiz Raul Machado, o livro é a reunião de algumas das citações de Rosa especificamente sobre os bichos. Ao jeito inventado de Rosa escrever (fundamental para qualquer repertório literário), o ilustrador Roger Mello acoplou seu traço e seu jeito peculiar de transformar texto em um livro-objeto: as páginas abrem em formato sanfona. A PARTIR DE 3 ANOS

Pura fantasia
A história pela história. Por mais que os livros infantis sejam portas eficientes para abordar assuntos com os quais a criança precise lidar ou saber, quando o grande barato é somente se divertir e se emocionar

9. O NAMORADO DA FADA, de Ziraldo, Ed. Melhoramentos
Em algum lugar do universo, num futuro bem distante, acontece o amor à primeira vista entre uma fada e um menino do planeta Urano. Nesse conto de fadas às avessas, o beijo apaixonado faz da fada uma moça comum, que pode, portanto, se casar com o mocinho. A cerimônia acontece na Terra, ainda bela e preservada, por homens que criaram juízo. Para crianças darem asas à imaginação, provando do romantismo, do futurismo e da esperança. E para relembrarmos que Ziraldo tem um jeito só seu de contar e desenhar histórias. A PARTIR DE 7 ANOS

10. SETE HISTÓRIAS PARA CONTAR, de Adriana Falcão e ilustrações de Ana Terra, Ed. Salamandra
Uma menina que só pensava no que aconteceria mais tarde, um piolho que se encantava com a cabeça das pessoas, uma garota que sentia uma dor azul são protagonistas das breves e maravilhosas histórias que compõem este livro. Os leitores vão se esbaldar em narrativas sensíveis, criativas e concisas, com as marcantes ilustrações de Ana Terra cheias de expressividade e delicadeza. Adriana tem vários outros livros para crianças e como roteirista fez a adaptação de O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. A PARTIR DE 5 ANOS

11. AS CARTAS DE RONROROSO, de Hiawyn Oram e ilustrações de Sarah Warburton, Ed. Salamandra
Ronroroso é um gato de bruxa muito qualificado – ele tem, por contrato, o dever de tomar conta da bruxa Hilda Bruxilda e ajudá-la a ser uma feiticeira “adequada”. Esta, porém, sonha em ser uma princesa, gosta de fazer compras, de assistir à TV e de fazer amigos não bruxos. O gato troca correspondências com seu tio McAbro, para pedir conselhos sobre como colocar sua dona nos eixos. As cartas trocadas vêm como ilustrações e algumas até em forma de dobraduras. O autor tem mais de 60 livros infantis publicados. A PARTIR DE 5 ANOS

12. HISTÓRIAS À BRASILEIRA 3, de Ana Maria Machado e ilustrações de Odilon Moraes, Ed. Companhia das Letrinhas
“O Pavão Misterioso”, “Cabra Cabrês” e “O Pescador e a Mãe-D’Água” são algumas das histórias da tradição oral brasileira recontadas neste livro de Ana Maria Machado, uma das mais premiadas escritoras brasileiras de literatura infantil (em 2000, recebeu o Prêmio Hans Christian Andersen, uma espécie de Nobel da literatura infantil). Trata-se do terceiro volume da série que mostra às crianças um universo imaginário e traços socioculturais fáceis de se identificar. Um “tesouro variado”, como ela diz no prefácio. A PARTIR DE 6 ANOS

13. KACHTANKA, de Anton Tchekhov e ilustrações de Guenádi Spirin, Ed. Cosac Naify
Em uma noite de frio e neve intensa, a cachorrinha Kachtanka se perde de seu dono Luká, um marceneiro que, na ocasião, estava completamente embriagado. Faminta e assustada, Kachtanka é adotada por um desconhecido que lhe oferece alimento, abrigo e exercícios de adestramento, para ela participar de espetáculos de palco realizados por ele. O conto escrito por um dos grandes mestres da literatura russa é tido como um dos mais emotivos do autor. Narrativa com um traço diferente do que se encontra por aí. A PARTIR DE 6 ANOS

Para estimular a linguagem
Quando o intuito é incentivar o encanto das crianças pelas letras, os autores podem parecer não ver limites. Além dos tradicionais trava-línguas, há livros que brincam com as formas e o ritmo que as letras fornecem na formação das palavras. E todos só saem ganhando

14. ANACLETO, de Bartolomeu Campos de Queirós e ilustrações de Júlia Bianchi, Ed. Larousse Júnior
Anacleto, Neto, gaiato, pateta. É puro jogo de palavras o que este premiadíssimo escritor mineiro oferece às crianças (a mesma brincadeira do imperdível História em 3 Atos). Aqui ele usa rimas, trava-línguas e outras brincadeiras para contar a história que envolve um gato, um pato e um rato. Cheio de bom humor, a obra tem um ritmo perfeito para as crianças experimentarem a leveza e a musicalidade que um texto pode oferecer. Ao lado das ilustrações de página inteira, a garotada vai adorar repetir a leitura. A PARTIR DE 2 ANOS

15. ABC CURUMIM JÁ SABE LER!, de Bia Hetzel e Silvia Negreiros e ilustrações de Mariana Massarani, Ed. Manati
Livros com abecedários são clássicos para os leitores iniciantes mas, nem por isso, tão benfeitos como este. Para crianças que estejam começando a dominar as letras, este livro apresenta um A a Z, e em letras de forma. Os desenhos grandes, coloridos e alegres de Mariana Massarani (que nunca pode faltar na estante de ninguém), acompanham uma preocupação das escritoras de selecionar temas genuinamente brasileiros, como o saci para o S e o quero-quero para o Q. A PARTIR DE 3 ANOS

16. A E I O U, de Angela Lago e Zoé Rios, Ed. RHJ
Para uma égua se derreter toda, basta trocar o “é” por “á”: surgirá assim a “água”. Para um papa voar, é só trocar o primeiro “a” pela letra “i”: aparecerá então uma pipa. Esse livro mostra para o público infantil uma verdadeira dança das vogais e como apenas substituindo uma pela outra é possível criar palavras absolutamente novas. Provocar esse tipo de encanto é imprescindível durante a fase de alfabetização. A brincadeira mora nos detalhes das ilustrações de Angela Lago, uma das brasileiras que mais venceu prêmios no Brasil e no exterior, e que desenvolve jogos educacionais com o ABC. A PARTIR DE 4 ANOS

Fáceis de se identificar
Há escritores mestres em criar histórias para que as crianças se sintam como se estivessem no livro. Nesta seleção, o cotidiano infantil é mais do que simples inspiração e o enredo – de pum à mãe brigando com o filho – permite ao leitor conversar sobre sentimentos e conflitos

17. GRANDE LIVRO DOS MEDOS, de Emily Gravett, Ed. Salamandra
Basta mostrar a capa para a criança se encantar: tem uma correção já no nome da autora (um personagem muito ousado risca o nome dela e inclui, a lápis, um “Pequeno Rato”). Abaixo, um rasgo que se assemelha a uma roída de rato e o próprio lá dentro do buraco da capa dura. Com outros recortes diversos e muitos rabiscos, em cada página a autora define e ilustra com criatividade vários tipos de medo (alguns que a gente até duvida que realmente existam): aracnofobia é medo de aranhas, entomofobia é medo de insetos, teratofobia, de monstros. E o leitor é sugestionado a “rabiscar” os seus medos pelo livro. A PARTIR DE 3 ANOS

18. ONDA, de Suzy Lee, Ed. Cosac Naify
Mãe e filha chegam à praia, a garotinha encontra o mar e começam uma espécie de namoro. Primeiro ela foge. Depois, ela faz uma careta, a fim de espantar o mar. Diante de uma grande onda, a menina tenta fugir, mas o caldo mostra-se inevitável. Poderia ser apenas uma história sobre o medo do mar, mas o jeito de narrar faz toda a diferença: são sequências de imagens desenhadas a carvão, que conversam com o azul e o branco que dão o movimento do mar. O livro desta artista sul-coreana vendeu 100 mil exemplares nos EUA em um ano e foi eleito o melhor livro ilustrado segundo o jornal New York Times. A PARTIR DE 2 ANOS

19. O GATO E O ESCURO, de Mia Couto e ilustrações de Marilda Castanha, Ed. Companhia das Letrinhas
Apesar das recomendações da superprotetora gata mãe para que seu filho não fosse para o escuro e não atravessasse a fronteira que separava o dia da noite, a curiosidade do gatinho Pintalgato acabou levando-o para o lado de lá. Um interessante ponto de vista sobre o medo do escuro e sobre o que há por trás dele. O escritor moçambicano é considerado um dos nomes mais importantes da literatura em língua portuguesa do mundo, e pela primeira vez foca sua poesia especialmente nas crianças. A PARTIR DE 4 ANOS

20. MAMÃE ZANGADA, de Jutta Bauer, Ed. Cosac Naify
Mamãe pinguim ficou brava e gritou tanto que seu filhote se despedaçou em pleno ar. Sua cabeça voou para o universo, seu corpo afundou no mar. Asas, bico, bumbum, patas, cada parte de seu corpo foi parar em um lugar. A mãe, então, recolhe suas partes, costura-as e se desculpa com o filho. Uma mistura boa de graça e absurdo para falar dos complexos sentimentos desencadeados por uma bronca de mãe – e por um pedido de desculpa. Sensibilidade típica desta alemã também autora de Selma e uma das mais premiadas escritoras da Europa. A PARTIR DE 4 ANOS

21. FOLHA, de Stephen Michael King, Ed. Brinque-Book
A mãe quer cortar o cabelo da criança, mas esta consegue escapar e corre para brincar em um local cheio de plantas. Eis que um passarinho deixa uma semente cair em seus cabelos e uma plantinha nasce na sua cabeça! A mãe não desiste de cortar o cabelo dela e a plantinha está em risco. Folha é poesia com imagens e dá chance a várias interpretações – é o primeiro livro sem texto deste ilustrador australiano que emocionou o mundo com O Homem que Amava Caixas (um dos melhores 55 livros infantis de todos os tempos, a primeira lista de CRESCER). A PARTIR DE 5 ANOS

22. ATÉ AS PRINCESAS SOLTAM PUM, de Ilan Brenman e ilustrações de Ionit Zilberman, Ed. Brinque-Book
O livro todo se desenrola a partir da pergunta de Laura ao pai: “As princesas soltam pum?” Para esclarecer a questão, o pai da menina consulta O Livro Secreto das Princesas, com episódios gastrointestinais ocorridos com a Cinderela, a Branca de Neve e a Pequena Sereia. Impossível não rir, principalmente com as detalhadas, coloridas e belas ilustrações de Ionit Zilberman. Contador de histórias há quase 20 anos, Brenman inspirou-se na filha para escrever esta história e é um dos autores que mais produz no Brasil. A PARTIR DE 4 ANOS

23. MAS POR QUÊ??! A HISTÓRIA DE ELVIS, de Peter Schössow, Ed. Cosac Naify
Uma menina anda por um parque, levando nas mãos uma bolsa vermelha. Toda hora esbraveja: “Mas por quê??!” Muitos começam a observá-la e segui-la, até que alguém pergunta o que houve: “Elvis está morto!”, berra a menina; então, ela abre a bolsa e mostra o corpo de seu passarinho. As pessoas se mostram solidárias e compartilham sua dor, mas a pergunta, sabemos, não é respondida. Delicada maneira de falar sobre perdas. O livro ganhou o único prêmio estatal de literatura da Alemanha. A PARTIR DE DE 4 ANOS

24. OLIVIA AJUDA NO NATAL, de Ian Falconer, Ed. Globo
Tomada de muito entusiasmo e ansiedade, a porquinha Olivia ajuda a mãe a fazer os preparativos para a noite de Natal. Ela arruma a mesa, pede ao pai que deixe a lareira livre para o Papai Noel, prepara um lanche para o bom velhinho. Tudo é feito com boa vontade e algumas trapalhadas. Um livro que expressa com simplicidade o espírito natalino e provoca no leitor identificação imediata com a personagem que, entre outras coisas, acha que já está na hora de dar de comer ao irmãozinho. Olivia é personagem de uma série de livros e este é o segundo traduzido para o português. A PARTIR DE 3 ANOS

Quem fala aqui é a poesia
Poesia e livro infantil estão sempre em parceria, claro. Mas, nesta seleção, são os poemas que ganham a vez. E a mistura ficou boa e bem brasileira

25. SÓ MEU, de Mario Quintana e ilustrações de Orlando, Ed. Global
O poeta gaúcho é daqueles bom de a gente ler em todas as formas – e a qualquer hora. Neste livro, poemas e frases de Mario Quintana foram selecionados por sua sobrinha, Elena Quintana e o projeto gráfico, com ilustrações de Orlando traz uma surpresa: reserva espaços vazios para as crianças poderem encher de desenhos que, conforme se sugere no início do livro, passarão também a fazer parte dos poemas. É mais do que oferecer poesia: nesta edição, as crianças podem provar elas mesmas do universo lúdico e da liberdade sugerida pelo gênero. A PARTIR DE 5 ANOS

26. MITOS BRASILEIROS EM CORDEL, de César Obeid e xilogravuras de Ernesto Bonato, Ed. Salesiana
Curupira, Mula Sem Cabeça, Boitatá, Negrinho do Pastoreio e Saci-Pererê são alguns dos personagens brasileiros lembrados nesta obra. Todo escrito em literatura de cordel (a forma de poesia pelo qual o Nordeste brasileiro é mais conhecido), os poemas dão graça e suspense na medida de seus personagens. Nas páginas ilustradas com xilogravuras de Ernesto Bonato, cada mito é contado e comentado em meio às rimas especiais. Ideal para as crianças entrarem em contato com a cultura popular brasileira. César é um especialista em cordel. A PARTIR DE 6 ANOS

27. O MENINO POETA, de Henriqueta Lisboa e ilustrações de Nelson Cruz, Ed. Peirópolis
Quando você pega o livro nas mãos pode até gerar a dúvida: “Mas é para crianças?” Mas basta a folheada para ver que sim, e mais: o livro é para os adultos se reencontrarem com a poesia também. Publicado originalmente em 1943, os poemas ganham novo projeto gráfico e ilustrações. Em suas páginas, versos de mais de 50 poesias passeiam por incontáveis temas da velha infância. Há passarinhos, gaiola, velocípede, missas, jardim, chuva, castigos, estrelas-do-mar, castelos de areia, laços de fitas, carneirinhos e palhaços, sob a musicalidade dessa poeta amiga de Mário de Andrade. A PARTIR DE 6 ANOS

28. AS MENINAS E O POETA, de Manuel Bandeira e ilustrações de Graça Lima, Ed. Nova Fronteira
Ana Maria, Joanita, Bela, Rosalina e tantas outras meninas têm seus nomes estampados neste livro com poemas de Manuel Bandeira. Organizados pelo também poeta Elias José (falecido em 2008), os versos foram em sua maioria escritos por Bandeira, na primeira metade do século 20, para presentear filhas de amigos em aniversários e nascimentos. Alguns foram publicados anteriormente, e outros são inéditos e todos casam muito bem com a simplicidade do traço de Graça Lima. Para introduzir o poeta ao repertório das crianças. A PARTIR DE 6 ANOS

Para os bebês
Livros-brinquedo são a grande atração para os mais novos se encantarem desde cedo com o hábito de ler. Abas, dobraduras que pulam nas páginas, texturas diferentes para as crianças experimentarem são ótima diversão para os menores

29. A VERDADEIRA HISTÓRIA DE CHAPEUZINHO VERMELHO, texto e arte de Agnese Baruzzi e Sandro Natalini, Ed. Brinque-Book
Cansado da má fama por ser sempre o vilão da história, Lobo Mau procura Chapeuzinho Vermelho e pede que ela lhe ensine a ser bom. A menina começa a ajudá-lo e, após os aconselhamentos, o lobo torna-se tão gentil e popular que ela é que passa a invejar o status dele. As abas e outros efeitos de Natalini, um mestre no design gráfico italiano, dão o tom do humor à história, cujo desfecho surpreende os pais. Lançado primeiro na Inglaterra, tem tradução da Índigo. A PARTIR DE 3 ANOS

30. O QUE É QUE TEM O MEU CABELO?, de Satoshi Kitamura, Ed. Companhia das Letrinhas
Antes de ir a uma festa, o Leão Leonel decide ir ao cabeleireiro e caprichar no visual. A capa já reserva a primeira surpresa: tem um buraco bem no meio e o leitor vê o rosto do leão na página seguinte. A partir disso, a brincadeira continua com as páginas cartonadas com 29 cm x 37 cm e um recorte no centro. No enredo, a criança se depara com sugestões inusitadas de penteados para o bicho. Muito influenciado pela paixão por quadrinhos, o autor, que nasceu em Tóquio, vive na Inglaterra e é um dos ilustradores mais respeitados do país. A PARTIR DE 1 ANO

Cocô no Trono, de Benoît Charlat (Ed. Cia. das Letrinhas).
Ótimo para crianças que estão prestes a tirar as fraldas, este livro animado tem engraçados comentários sobre as fezes de alguns animais, mostrados em desenhos grandes e de traços simples. No final, mostra um pintinho 'que faz cocô na privada, sozinho, como gente grande' e todos os animais citados aplaudem o feito do pintinho (com efeitos de sons e pop-ups). Tem até som de descarga. A partir de 1 ano

A Caligrafia de Dona Sofia, de André Neves (Ed. Paulinas).
Uma professora aposentada, louca por poesia, escrevia versos nas paredes de casa. Um dia, já sem espaço nas paredes, decidiu distribuir poemas-postais para os vizinhos. Com o tempo, a cidade toda se apaixonou pelas palavras. A força da poesia está não só no texto, mas também nas ilustrações do próprio autor, que mostram inúmeros (e célebres) poemas aos leitores. A partir de 5 anos

Os Gêmeos do Tambor, de Rogério Andrade Barbosa (Ed. DCL).
Dois bebês gêmeos foram retirados da mãe enquanto ela dormia, colocados em um tambor e jogados no rio. Por anos, a mãe foi injustamente punida pelo ato. Já adultos, descobrem ter sido adotados e saem à procura de sua verdadeira história. Honestidade e justiça são temas do conto africano ilustrado por Ciça Fittipaldi. A partir de 7 anos

João Felizardo, O Rei dos Negócios, de Angela Lago (Ed. Cosac Naify).
Em frases curtas e amplas ilustrações da própria autora, o livro narra as negociações feitas por João Felizardo. No conto já visitado pelos Irmãos Grimm, um menino recebe uma moeda de herança e inicia uma série de trocas: de um cavalo para um burro, de um porco para um pássaro... Poesia e o valor do material.A partir de 6 anos

Banho!, de Mariana Massarani (Ed. Global).
Depois de insistentes pedidos da mãe, Edson, Edilson e Ednalva entram na banheira e mergulham em um banho-fantasia repleto de peixes e animais da Amazônia. Outro filho, Edmilson, prefere viver sua aventura no vaso sanitário, onde lê seu livro Peixes. Ilustrações com cores vibrantes e traços firmes da própria autora enfatizam a brasilidade do texto. Para as crianças atentarem para a fantasia cotidiana e provarem um gostinho de Brasil.A partir de 3 anos

Quando Eu Era Pequena, de Adélia Prado (Ed. Record).
Brinquedos de ferro feitos pelo pai, flores de abóbora que pareciam lâmpadas acesas e um canto de mãe que a deixou 'esquisita de felicidade' são lembranças da menina Carmela. Em seu primeiro livro infantil, a consagrada escritora fala de sua infância no interior de Minas, no início do século 20. Ilustrações de Elizabeth Teixeira salientam o romantismo desse universo. A partir de 6 anos

Viviana, Rainha do Pijama, de Steve Webb (Ed. Salamandra).
Viviana tinha um pijama fantástico. Imagina como seria o dos animais e decide fazer uma festa. 'Quem vier com o pijama mais animal vai ganhar um prêmio sensacional.' Também do autor, as ilustrações são outra boa farra.A partir de 3 anos

O Bicho Folharada e Outros Espertinhos - Um Passeio pelo Folclore, de Mary e Eliardo França (Ed. Global).
Um sapo festeiro, uma raposa astuta, um macaco amigo e uma onça traidora são alguns dos animais que inspiram reflexões sobre a esperteza e a moral, cheias de humor. As expressivas ilustrações de Eliardo estão em páginas inteiras.A partir de 6 anos

Felpo Filva, de Eva Furnari (Ed. Moderna).
O coelho poeta Felpo Filva recebe carta de uma fã criticando seu pessimismo. Ao rebater as palavras da coelha atrevida, ele expõe suas próprias fragilidades e, da troca de cartas, nasce uma amizade que vira casamento. Na história romântica e muito divertida, um jeito gostoso de falar sobre o poder de transformação das pessoas e de como também temos de aceitar o jeito de cada um. As ilustrações de Eva Furnari dão o tom nonsense para tudo fazer sentido. A partir de 7 anos

Viagem pelo Brasil em 52 Histórias, de Silvana Salerno (Ed. Cia. das Letrinhas).
Reunião de histórias que variam entre lendas, contos populares e algumas narrativas criadas pela autora com base em mitos e elementos do folclore nacional. O uirapuru, A festa no céu, Iara, A rainha do mar, O saci-pererê e O Negrinho do Pastoreio estão entre as opções, e as ilustrações de Cárcamo dividem espaço com fotos. A partir de 7 anos

O Dragão Que Era Galinha-d'angola, de Anna Flora (Ed. Salamandra).
Um grande ovo aparece no galinheiro e uma galinha-d'angola adota o dragãozinho. Ele vive bem como pintinho, mas como é capaz de soltar fogo, alguns animais mandam-no para os bosques dos contos de fadas. Com tristeza, o dragão parte. Um dia, uma raposa ameaça o galinheiro e o dragão vira herói. Uma história de aceitação, com o traço certo de Mariana Massarani. A partir de 3 anos

Boa Noite, Marcos, de Marie-Louise Gay (Ed. Brinque-Book).
O garoto Marcos está com dificuldade para dormir e chama a irmã Estela. Ele pede sua ajuda para encontrar seu cachorro Fred. Os irmãos, então, andam pela casa à procura do cão. As ilustrações, bastante coloridas, são da própria autora, uma das mais famosas do Canadá. Na medida para as crianças se identificarem com os medos e as dificuldades dele e com a praticidade dela. A partir de 3 anos

Sem Palmeira ou Sabiá, de Bartolomeu Campos de Queirós (Ed. Peirópolis).
O poeta mostra suas lembranças de, aos 3 anos de idade, desejar conhecer o mar e de ter medo do silêncio da noite, permeadas com cantigas de roda. A ilustração de Elvira Vigna tem base em fotos em preto-e-branco, contrapondo o antigo e o moderno. A partir de 7 anos

Com a Maré e o Sonho, de Ninfa Parreiras (Ed. RHJ).
Uma menina morava no interior e sonhava com o desconhecido e misterioso mar. Além dele, tudo a fascinava: as águas, os cocos e as folhas dos coqueiros, indo e vindo. Um dia, visita uma lagoa e consegue um coco para levar para casa. Deixa-o em seu quarto até que fique sem a água, perca a cor, mude de forma. E o mar? Continua sem conhecê-lo, mas encantada por ele. Ilustrações fortes de André Neves. Para sonhador, com o mar ou não. A partir de 4 anos

O Nabo Gigante, de Aleksei Tolstói (Ed. Girafinha).
No conto russo, um casal de velhinhos tem uma horta onde um nabo cresceu demais. Para tirá-lo do solo, uma vaca, dois porcos, três gatos e quatro galinhas ajudam. E contá-los fica mais divertido com as ilustrações da premiada irlandesa Niamh Sharkey. A partir de 3 anos

A Princesa Que Escolhia, de Ana Maria Machado (Ed. Nova Fronteira)
Essa princesa concordava sempre. Mas um dia, disse: 'Desculpe, mas acho que não'. Sua mãe quase desmaiou, seu pai virou uma fera e, daí para frente, ela defendeu o direito de escolha para todos do reino. As ilustrações de Graça Lima completam o tom da delicadeza. A partir de 5 anos

Histórias para Ler na Cama, de Debi Gliori (Ed. Cia. das Letrinhas).
Galinhas, raposas, humanos, jabutis e lobos protagonizam 'historinhas antigas com humor novo em folha', falando de virtudes. Ilustrações da autora. A partir de 7 anos

O Menino. O Cachorro, de Simone Bibian (Ed. Manati).
Um menino sonha em ter um cachorro e, um belo dia, ganha um de presente. Final feliz? Mas o livro não termina aí! Ele segue, com as páginas de cabeça para baixo... Invertendo o livro e começando a ler pelas últimas páginas, encontramos um cachorro que sonha pertencer a um menino. No meio do livro, ele encontra esse menino! Quebra de convenções e lições de como lidar com as vontades, nas ilustrações de Mariana Massarani. A partir de 3 anos

Ponto a Ponto, de Ana Maria Machado (Ed. Cia. das Letrinhas).
Num fiapo de voz, uma doce mulher conta histórias sobre fios, linhas, mulheres, castelos, príncipes, e decide bordar uma nova história para si. Poesia nos bordados de Christine Rohrig. A partir de 5 anos

Sapato Furado, de Mario Quintana (Ed. Global)
Vida e morte, Deus e o Diabo, fantasmas, anjos e assombrações são personagens, poemas e narrativas. As ilustrações de André Neves ressaltam o humor do poeta. A partir de 7 anos

Somos Todos Igualzinhos, de Bartolomeu Campos de Queirós (Ed. Global).
Galinhas mães de pintinhos, galinhos são compadrinhos. Quando crescem, os filhinhos viram galinho e galinha, se casam e têm filhinhos. Traços delicados de Guto Lacaz acompanham essa poesia no diminutivo. A partir de 4 anos

Lampião & Lancelote, de Fernando Vilela (Ed. Cosac Naify).
Por obra de um feitiço, o cavaleiro medieval Lancelote fica frente a frente com Lampião, rei do cangaço. Resultado: batalhas e mortes. Mas no final, Lampião e Lancelote dançam no sertão, com suas amadas, como irmãos. As premiadas ilustrações do autor acompanham a intensidade da história. A partir de 8 anos

O Aprendiz de Feiticeiro, de Johann Wolfgang von Goethe (Ed. Cosac Naify).
O mestre feiticeiro se ausenta e seu aprendiz toma as rédeas de alguns feitiços. Como não domina a magia, o que começa como uma diversão acaba em confusão. Com muito movimento, as ilustrações de Nelson Cruz colorem as páginas deste livro-poema. Ao final da obra, está a versão original do filósofo alemão. A partir de 8 anos

Aula de Carnaval e Outros Poemas, de Ricardo Azevedo (Ed. Ática).
Mais de 30 poesias e adivinhas sobre Carnaval, futebol, música, molecagens e outros temas corriqueiros. O resultado são jogos de palavras divertidos e inteligentes, com ilustrações do próprio autor, em sintonia com a leveza e a astúcia do texto. Para as aulas serem mais divertidas. A partir de 8 anos

A Árvore Generosa, de Shel Silverstein (Ed. Cosac Naify).
Um menino e uma macieira têm uma forte amizade. Na infância, ela lhe deu sombra. Na vida adulta, frutos. Na velhice, um lugar para se sentar. Escrito em 1964, a tradução é de Fernando Sabino e ganhou nova edição. A partir de 4 anos

A Linha do Mario Vale, de Mario Vale (Ed. RHJ).
Sem fazer uso de palavras, o cartunista Mario Vale reúne desenhos inteligentes e bem-humorados, em que o traço é que importa. Independentes entre si, os desenhos permitem o contato com um enorme universo de possibilidades, que pode ser revelado por uma linha. A partir de 4 anos

O Livro dos Pontos de Vista, de Ricardo Azevedo (Ed. Ática).
Um cachorro, um gato, uma tartaruga e um sapo moram na casa de uma família (pai, mãe, filho e filha). Humanos ou animais, os oito personagens expõem suas impressões sobre os outros. Para perceber que fatos simples do cotidiano podem ser vistos de diversas maneiras, conforme a preferência e as percepções de cada um. A partir de 6 anos

Ponte para Terabítia, de Katherine Paterson (Ed. Salamandra).
O menino Jess, de 10 anos, mora com os pais e três irmãs, cursa a 5a série e tem uma rotina dura em casa. Na vizinha Leslie encontra uma grande amiga, com quem passa a dividir um reino mágico chamado Terabítia. Surpresas estão reservadas para eles. Sem ilustrações, o livro deu origem a um filme de mesmo nome. A partir de 8 anos

Palavras São Pássaros, de Angela Leite de Souza (Ed. Salesiana).
Nesse livro estão reunidos cerca de 20 haicais (poemas de estilo oriental) ilustrados com origamis de Pipida. Os haicais em questão fazem alusão a diversos artistas, músicos e escritores, como Van Gogh, Aleijadinho, Monteiro Lobato, Tom Jobim e Beethoven. Terminados os poemas, há no livro uma biografia dos citados. A partir de 6 anos

Laranja Pêra, Couve Manteiga, de Maria Amália Camargo (Ed. Girafinha).
Na alameda Couve-flor, toda terça é dia de feira e cada morador tem suas preferências. No livro, é comida para tudo quanto é lado, nessa viagem pela culinária e pela língua portuguesa. Poesia com os nomes das comidas, cheia de humor e vocabulário. As ilustrações de André Neves dançam com o nonsense.A partir de 5 anos

terça-feira, 7 de junho de 2011

Bons alunos fazem tarefas escolares sozinhos

Bons alunos fazem tarefas sozinhos!

“Bons alunos fazem lição sozinhos”

O psicólogo americano Harris Cooper diz que há o jeito certo para os pais acompanharem a lição dos filhos e dá dicas de como evitar que a hora do dever vire um transtorno.

O professor Harris Cooper, do Departamento de Psicologia e Neurociência da Duke University, nos Estados Unidos, é especialista em lição de casa. Ele estuda o assunto há mais de 20 anos, analisando qual é o impacto que um dever de casa benfeito tem no desempenho escolar do aluno. É significativo. Mas o efeito só será positivo se os pais se envolverem – e da maneira certa. O papel da família se limita a monitorar e dar o exemplo. Fornecer respostas prontas ou ensinar a matéria para os filhos pode ser pior do que não fazer nada.

1 – Por que o envolvimento dos pais na lição de casa faz diferença no desempenho escolar dos filhos?
Harris Cooper – Porque é o melhor momento de mostrar para os filhos quanto a escola é importante. Se os pais são participativos e têm atitude positiva em relação ao dever de casa, muito provavelmente a criança terá a mesma atitude em relação ao aprendizado. Se a atitude for negativa, poderá até gerar atritos com a escola.

2 – Em suas pesquisas, a lição de casa aparece, muitas vezes, como um campo de atrito entre pais e escola. Por quê?
Cooper – Isso pode acontecer quando a lição vira um transtorno para os pais, que precisam mudar sua agenda para acompanhar o dever dos filhos. E quando a execução da lição de casa envolve os pais de tal forma que passa a ser total responsabilidade deles que aquela lição seja executada. Por isso a escola precisa prestar atenção ao envolver os pais na lição de casa. É preciso levar em conta que muitos deles não têm tempo para uma participação mais direta. Ou que podem ter falhas na educação que os impeçam de fazer o papel de mentores.

3 – Existe uma lista de boas práticas para os pais que acompanham a lição de casa dos filhos?
Cooper – O principal é ter em mente que, a menos que venha um pedido específico da escola, o papel da família na lição de casa é monitorar a criança e dar condições para que ela faça o que é preciso ser feito em um lugar e um horário adequados. Ajude na pesquisa fornecendo um livro, tire uma dúvida. E sirva de exemplo. Se seu filho estiver fazendo a lição, desligue a TV.

4 – O que mais atrapalha?
Cooper – Fazer a lição pelo filho. Sabemos que os melhores alunos fazem a lição de casa sozinhos. O dever é uma excelente oportunidade para o aluno desenvolver habilidades de aprendizado. O envolvimento dos pais em excesso pode atrapalhar.

5 – O que mudou na relação escola-família nos últimos anos?
Cooper – Em relação à eficiência do envolvimento dos pais, pouca coisa. A maior novidade nessa relação talvez seja a introdução da internet. Cada vez mais escolas usam e-mails e websites como canal de comunicação com os pais para deixá-los atualizados sobre a vida escolar dos filhos.

6 – Isso é bom ou ruim?
Cooper – O lado bom é que com a internet a comunicação ficou mais rápida e fácil. Na maioria das vezes, a web consegue aproximar a família da escola. O ruim é que ainda não conseguimos garantir acesso à web para todos, e alguns pais acabam excluídos.

As 4 regras de um bom dever de casa

1. O dever é da criança, não dos pais
Ela deve ser capaz de fazê-lo sozinha. Isso não quer dizer que ela deva se sentir sozinha. Orientações – sem exagero – são bem-vindas

2. Os pais devem acompanhar
Dar o exemplo estimula o aluno. O pai ou a mãe podem ler um livro no mesmo momento que o filho lê. Se for o mesmo livro, e daí surgirem discussões, melhor. Se a lição for de matemática, o adulto poderá aproveitar para fazer as contas da casa

3. É para se esforçar, não para arrancar os cabelos
Se a criança está esgotada, é melhor parar e retomar o exercício em outra hora, de cabeça fresca. Senão, pode ficar com raiva da tarefa, da escola, dos pais… e criar resistência à disciplina

4. A rotina ajuda
Para acabar com o problema de sempre deixar o dever para a última hora, é bom estabelecer um horário regular para o dever. Ter um cantinho para estudar também ajuda na organização e concentração do aluno

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI125583-15228,00-BONS+ALUNOS+FAZEM+LICAO+SOZINHOS.html